sexta-feira, 16 de setembro de 2011

 Os Hauças

A civilização dos Hauças começou a ser construída por volta do século XI, no Sudão central. Os Hauças eram, na verdade, diversos povos que falavam uma língua semelhante. Eles viviam em cidades-Estados localizados no centro e no noroeste de onde hoje está a Nigéria. Alguns Hauças eram seguidores do islamismo. Os Hauças não tinham tradição de guerreiros. Sua principal força estava nos frutos do trabalho. O artesanato era de alta qualidade, vendido até no Norte da África, tecidos bordados com seda importada dos árabes, sandálias de couro, objetos de ferro e de ouro. No século XVI, o império árabe no Norte da África estava em franco declínio, atacado pelos europeus e pelos turcos. Essa situação provocou a decadência de muitos Estados africanos que viviam do comércio com os árabes. Foi o caso das cidades-Estados Hauças.

A Guiné 

Os europeus chamavam de Guiné a região relacionada com o Golfo da Guiné. Portanto, bem longe de onde hoje está a Guiné. Os reinos iorubás floresceram ao sul do rio Níger. Suas origens encontram-se numa antiga população indígena que tinha como centro a cidade de Ifé. Depois chegaram os conquistadores, guiados por Oduduwa, o legendário antepassado fundador. Os filhos de Oduduwa iniciaram as diversas dinastias iorubás que se instalaram na região entre os anos 600 e 900 da nossa Era, provenientes provavelmente do Alto Nilo.

A CIDADE SAGRADA

Capital do primeiro reino, Ifé alcançou rapidamente um notável desenvolvimento religioso e político, desempenhando numerosas funções no seio dos diversos reinos iorubás, especialmente no campo. Ifé atingiu o auge do resplendor entre os séculos XII e XIV. Seu apogeu foi no século XIII. A partir do século IV, deixa de ser o centro político da potência iorubá, mas continua a exercer o papel de cidade santa. O Rei de Ifé é considerado o pai de todos os reis iorubás. A cidade é ainda capital do reino originário e, segundo se acredita, constitui o centro da terra. Ali, a terra teria começado a se formar e ali teria descido a divindade pai - ou mãe de todos os viventes para fundar e reinar sobre "sua" primeira cidade. De fato, um mito mesclando história e lenda afirma que Oduduwa, o ancestral divino de todos os Iorubá, desceu do céu e depositou sobre as águas um pouco de terra e uma galinha. Esta, ao ciscar, lançou terra em diversas direções. É assim que, ao redor de Ifé, o mundo começou a ser criado. Não é de se estranhar, portanto, que os Iorubás tenham como centro de sua religiosidade um Deus criador e que possuam um forte sentido da constante presença divina em sua vida cotidiana.

PRÓXIMO TÓPICO - CONTINUAÇÃO: A GUINÉ: OBRAS DE ARTE
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sábado, 23 de abril de 2011

O GRANDE IMPÉRIO MALI


Nos primeiros séculos de nossa Era, pescadores nômades sorkos se estabeleceram na grande curva do rio Niger, onde passam a conviver com os agricultores sorombas. As comunidades se expandem ao longo das margens do rio durante os séculos V e VI, integrando, também, os caçadores gows.
Segundo a tradição, Faran Maghan Bote é quem primeiro consegue reunir os clãs antes dispersos. Ele institui a dinastia Dya e funda o pequeno reino de Kukia, considerado o berço do futuro império Songhai.
No início do século XX, o rei Dya Kossoi abraça a fé islâmica e conquista a cidade de Gao (no atual Mali), transformando-a na capital de um reino cujos moradores professam a religião muçulmana. Em 1325, o reino de Kukia cai sob o domínio do império Mali, ficando obrigado a pagar tributos. Apesar disso, Gao continua sendo uma das mais belas cidades e uma das mais fartas, pois não faltam arroz, leite, aves e peixes.


NASCE UM IMPÉRIO

Ali Kolen é como se chama o verdadeiro fundador do império Songhai. Lá pela metade do século XV, ele consegue libertar seu povo do jugo do império Mali e toma para si o título de Sonni (senhor). No poder durante quase trinta anos (1464 - 1492), o império que constrói  não fica devendo nada aos outros impérios da época, dos maias, astecas ou europeus. As crônicas árabes o chama de "tirano, opressor e sanguinário". É que, em suas ações militares, Ali tratava a todos do mesmo modo, não distinguindo muçulmanos e não-muçulmanos. Com a morte de Ali, um de seus melhores generais, chamado Mohammed, usurpa o trono do herdeiro e inaugura a dinastia Askya. É quando o império Songhai alcança o seu apogeu. Mohammed continua as campanhas vitoriosas de seu antecessor. Criou uma estrutura sólida e uma administração centralizada para os seus domínios. O império é dividido em províncias, à frente das quais coloca gente de sua inteira confiança.

QUEDA DO IMPÉRIO

As riquezas do império Songhai, sobretudo ouro e sal, acabaram despertando a ambição dos marroquinos, que já em 1594 enviaram uma primeira expedição. Fome e sede, porém, barraram os soldados invasores no deserto. Seis anos depois, uma nova tentativa. O sultão marroquino envia uma expedição de 4 mil homens armados, sob o comando do mercenário espanhol El D´Jouder. Dessa vez, as armas de fogo se impõem, e os Songhai são derrotados na batalha de Tondibi, em março de 1591. El D´Jouder se instala em Tombuctu, e  dali envia riquezas ao Marrocos: Camelos carregados de ouro bruto, pimenta, marfim e uma espécie de madeira usada para tingir tecidos, além de cavalos, eunucos (homens  cujos testículos  foram removidos por orquidectomia ou são congenitamente não-funcionais), anões e escravos de ambos os sexos. Os atuais Songhai habitam o Mali (onde são uns 300 mil) e o Niger (cerca de 150 mil). Outros pequenos grupos vivem em Burkina Fasso, Benin e Nigéria. São frutos da mestiçagem entre a antiga população e os imigrantes que chegaram do Norte: Bérberes, Tuareg e Árabes.



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PRÓXIMOS TÓPICOS CONTINUAÇÃO: VIAGEM PELA ÁFRICA.
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

OLÁ; CONTINUAREMOS NOSSA VIAGEM PELA HISTÓRIA DA ÁFRICA DURANTE OS PRÓXIMOS TÓPICOS.

CONGO E NDONGO

A área conhecida atualmente como Angola tem sido habitada desde tempos pré-históricos. Contudo, foi somente milhares de anos mais tarde, no início da história registrada, que apareceram as sociedadas mais desenvolvidas. Os primeiros a estabelecerem-se foram os Bosquímanos, que eram conhecidos como grandes caçadores. Fisicamente eram similares aos pigmeus em tamanho. No início do sexto século a.C., tecnologicamente mais avançados, os Bantos iniciaram uma das maiores migrações na história, vieram do norte, provavelmente de lugares perto da atual República dos Camarões. Os Bantos tinham dominado a tecnologia do trabalho em metais, cerâmica e agricultura. Quando alcançaram Angola encontraram os Bosquímanos e outros grupos os quais foram rapidamente dominados.
A primeira grande entidade política na área, foi o Reino do Congo. Surgiu no século XIII, sua riqueza vinha de uma maneira geral da agricultura. O poder estava nas maõs dos "Mani", aristocratas que ocupavam posições de destaque no reino e que respondiam somente ao todo poderoso Rei do Congo. Mabanza foi o nome dado ao território unido e administrado pelos Mani; Mbanza Congo, a capital, tinha uma população de 50.000 habitantes, no século XVI.
O Reino do Congo foi dividido em seis províncias e incluía alguns reinos dependentes, tais como Ndongo no Sul. O comércio, baseado na alta produtividade agrícola e o crescimento da exploração mineira eram a maior atividade econômica da região. Em 1482 caravanas comandadas pelo português Diogo Cão chegaram ao Congo, outras expedições se seguiram, levando ao aparecimento de relações comerciais entre os dois estados. Os portugueses trouxeram as armas de fogo e o interesse pela religião; em troca, o Rei do Congo oferecia escravos, marfim e minerais. O Rei do Congo converteu-se ao Cristianismo, e adotou uma estrutura política similar aos europeus; ele tornou-se uma figura bem conhecida na Europa, ao ponto de receber missivas do Papa. Ao sul do Reino do Congo, à volta do rio Kwanza, existiam vários estados importantes, entre os quais o Reino do Ndongo. Por altura da chegada dos portugueses, Ngola Kiliange estava no poder, e mantinha uma política de alianças com os estados vizinhos, contra os estrangeiros durante décadas. Anos mais tarde, Ndongo teve um crescimento sem igual, quando Jinga Mbandi, conhecida como Rainha Jinga, com sua política astuta, manteve os portugueses em xeque com bem preparados acordos. Depois de ter realizado várias jornadas, em 1635 formou uma grande coligação com os estados de Matamba e Ndongo, Congo, Kassange, Dembos e Kissamas. No comando destra grande coligação, ela forçou os portugueses a se retirarem.


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quinta-feira, 21 de abril de 2011

HISTÓRIA DA ÁFRICA

O continente africano é o palco mais antigo da aventura humana na terra. Apesar de toda a resistência do mundo ocidental, todas as evidências indicam que o lugar onde as transformações que deram origem à noss espécie aconteceu foi em alguma parte da banda Oriental e do Sul do continente africano. Nestas regiões encontraram-se registros de todas as etapas da evolução, e cada nova descoberta da arqueologia só reafirma a tese. Nos últimos anos, o desenvolvimento dos testes, com o chamado DNA Mitocondrial, tem levado os especialistas à mesma conclusão sobre o local de origem do Homo Sapiens Sapiens. Restam ainda dúvidas sobre o tempo em que cada transformação ocorreu, mais os dois caminhos, de arqueólogos e biólogos levam ao mesmo lugar: A África.

O POVO NÚBIO

A Núbia é a região situada no vale do rio Nilo. Atualmente partilhada entre Egito e pelo Sudão, onde na antiguidade se desenvolveu o que se pensa ser a mais antiga civilização negra da África, dando origem ao reino de Kush, que existiu entre o 3º milênio antes de Cristo e o século IV da nossa era, tinha como capital a cidade de Kerma. O reino se desenvolveu a partir de uma sociedade quase primitiva, chegando a construir uma nação civilizada e rica, graças ao intenso comércio com o Egito, e as suas fartas minas de ouro. Sua riqueza era percebida pelas tumbas reais, que tinham forma de pequenas colinas, e no fundo, ao centro, a câmara funerária onde em uma cama ficava o corpo do rei, alguns servidores e bastante comida para o morto em sua vida futura.
Mais tarde, Napata tornou-se a capital de um reino Núbio independente, o reino de Kush. Entre 720 a.C. e 660 a.C., os seus reis dominaram o Egito, formado a 25º dinastia. Depois dos kushitas serem expulsos do Egito, Napata continuou a ser a residência real e centro religioso.
No século V a.C., a capital desse novo reino kush foi transferida para Meroe, mais ao sul do que Napata e igualmente ao longo do rio Nilo. A cidade se tornou um centro de rotas comerciais que uniam a África central com os povos do Mediterrâneo. Em Meroe havia um desenvolvido artesanato de ferro apreciado pelos estrangeiros.

O POVO BÉRBERE
Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Atravessavam o deserto com suas caravanas, para fazer comércio, enfrentando as tempestades de areia e a falta de água. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como: objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidros, plumas, pedras preciosas etc.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de estrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.




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quarta-feira, 20 de abril de 2011

OS PRIMEIROS BRASILEIROS

Entre 1835 e 1845, pesquisando em grutas do município mineiro de Lagoa Santa, o naturalista dinamarquês Peter Lund descobriu os primeiros fósseis humanos no Brasil. Os esqueletos descobertos por Lund foram datados em cerca de 11 mil anos e ficaram conhecidos como fósseis do homem de Lagoa Santa.
Em 1975, na mesma região, foram desenterrados o crânio e outros ossos de uma mulher que recebeu o nome de Luzia. Trata-se do mais antigo fóssil humano do continente, com 11.500 anos. Além disso, as características de seu crânio colocaram em xeque as teorias tradicionais sobre a presença do homem na América.

Fonte: HISTOBLOG

São Raimundo Nonato

Outros sítios arqueológicos, de enorme riqueza, estão situados no Parque Nacional da Serra da Capivara, criado em 1991 pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. O parque fica no Piauí, no município de São Raimundo Nonato.

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domingo, 17 de abril de 2011

Continuação - Barbárie - Neolítico.
Riqueza, Comércio e Desigualdade - Com o tempo, as aldeias foram cercadas de muros de proteção. Seus habitantes aprenderam a conhecer o regime das chuvas e das estiagens, a drenar os pântanos para ampliar as áreas de cultivo, a construir diques para conter as enchentes e a abrir canais de irrigação. Desenvolveram-se novas técnicas de plantio com o aparecimento do arado-semeador. A agricultura irrigada, os avanços tecnológicos e o aprimoramento dos metódos de trabalho possibilitaram um aumento considerável na produção de alimentos, gerando excedentes em maior escala.
O crescimento das colheitas teve consequências importantes. O alimento mais abundante assegurou melhores condições de sobrevivência, o que resultou num acentuado crescimento populacional. Além disso, os camponeses passaram a dedicar-se exclusivamente ao cultivo e à troca de excedentes agrícolas por arados e outros objetos; surgia assim o comércio, inicialmente baseado na troca de produtos. Ao mesmo tempo, entrou em cena a desigualdade social. Enquanto algumas famílias possuíam os melhores lotes, com numerosos rebanhos e vários trabalhadores, outros cultivavam trechos mais áridos e sofriam com as más colheitas. Por volta de 8000 a.C, quando o comércio começou a ser praticado, já existia diferenças econômicas e sociais no mundo Neolítico. Essas mudanças iniciaram-se no norte da África, no Oriente Médio, na Europa mediterrânea e em regiões férteis da China e da Índia. A partir daí, a desigualdade social e os conflitos ligados à posse da terra vão acompanhar a história da humanidade.
A Idade dos Metais - No último período de Pré-História, conhecido como Idade dos Metais, os instrumentos de pedra foram aos poucos substituídos pelos de metal, primeiro de cobre (6.000 a.C.), depois de bronze, e mais tarde, de ferro. Um novo tipo humano, o artesão, somou-se aos coletores, agricultores e pastores. Sua presença exigiu um ambiente novo, a cidade. A transformação de comunidades de aldeias agrícolas auto-suficientes em centros urbanos ficou conhecida como Revolução Urbana.
O Surgimento do Estado - A tradicional autoridade dos chefes de famílias, adequada para comunidades agropastoris, mostrou-se insuficiente para gerir uma sociedade mais complexa, baseada na articulação entre aldeias e cidades. Tornou-se necessário criar estruturas de poder aceitas pela maioria. É ai que surge o Estado.
O aparecimento do Estado não ocorreu simultaneamente em todas as sociedades, nem devido aos mesmos fatores em todas as regiões. A maioria dos estudiosos admite que o surgimento do poder político esteve ligado às necessidades surgidas com a diversificação das atividades econômicas. A coordenação de obras de interesse coletivo, como os diques e canais de irrigação, e a regulamentação do comércio exigiam a presença de pessoas encarregadas dessas funções, com poderes para impor suas decisões por meio da força.
Os primeiros governantes do Crescente Fértil foram reis-sacerdotes, numa evidência de que o poder político nasceu ligado à religião. Mas o estado logo se desvinculou do templo. O rei deixou de ser, necessariamente, um sacerdote. Na maioria dos documentos encontrados, porém, ele era designado como o representante máximo da divindade e o responsável pela exploração de terras.
Outra mudança fundamental ligada à formação do Estado foi o aparecimento da propreidade privada. Nas comunidades agrárias, a terra, as águas e os produtos do trabalho pertenciam à coletividade. O surgimento das cidades e da divisão do trabalho tornou esse quadro mais complexo, e o fortalecimento dos templos e do poder político, com seus funcionários, introduziu novos elementos de desigualdade. Uma elite ligada aos reis e aos sacerdotes passou a se apropriar de uma parte das colheitas, assim como das terras produtivas.
A união de algumas cidades ou Estados, que podiam ou não fazer parte da mesma civilização, deu origem a impérios que dominaram muitos povos e se estenderam por vastos territórios. Foi nesse contexto que se desenvolveram, na África e na Ásia, as grandes civilizações da Antiguidade.
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PRÓXIMO TÓPICO VOCÊS IRÃO SABER TUDO SOBRE OS PRIMEIROS BRASILEIROS
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Olá, continuaremos nossa viagem pela Pré - História. Hoje irei postar informações sobre o Barbárie - Neolítico.
Barbárie - Neolítico
No início do período Neolítico (20 a 15 mil anos atrás), os grupos de caçadores e coletores já dispunham de uma razoável bagagem cultural. A experiência lhes ensinaram a identificar quais animais podiam caçar e quais plantas eram comestíveis ou úteis. Aprenderam a construir canoas, jangadas e barcos, importantes para suas migrações. Também começaram a triturar e a polir seus instrumentos de pedra, criando peças mais dúraveis que as usadas antes. E haviam desenvolvido crenças religiosas, em sítios arqueológicos do Mesolítico e mesmo do Paleolítico, foram encontradas estatuetas femininas conhecidas como Vênus pré-históricas. Eram as primeiras representações da Grande Deusa ou Deusa-Mãe, associada à fertilidade e cultuada no mais diversos núcleos Neolíticos.
Milênios mais tarde, a vida das comunidades neolíticas passou por uma série de transformações. Há aproximadamente 12 mil anos surgiu a agricultura, que se difundiu por toda a Europa nos 6 mil anos sequintes. A atividade agrícola forneceu aos indivíduos uma fonte estável de alimento, contribuindo para que eles se fixassem nas áreas mais férteis. Também desenvolveu-se a domesticação de animais e o pastoreio. Tudo indica que essas transformações tiveram início no Crescente Fértil, nome que se dá à faixa de terra que se estende desde o vale do Rio Nilo, no Egito, até a Mesopotâmia, correspondente ao território do Iraque a da Síria atuais. Conhecidas como Revolução Neolítica ou Revolução Agrícola, essas mudanças ampliaram o domínio do homem sobre a natureza, resultando em maior produção de alimentos e no consequente crescimento populacional.
A vida nas aldeias Neolíticas - As pesquisas arqueológicas mostraram como homens viviam numa aldeia do Crescente Fértil. Quase todos eram aparentados entre si, pois a comunidade era constituída por poucas famílias extensas, conhecidas como famílias ciânicas ou clãs. Um clã era integrado por grupos familiares com um antepassado comum e, juntamente com outros clãs, formava uma tribo. O poder político não existia. A tomada de decisões na aldeia estava a cargo dos chefes de família, os anciãos, eram encarregados de administrar eventuais conflitos. Para isso, eles recorriam à persuasão, sem impor sua vontade pela força.
Mais tarde surgiu a figura do Patriarca, escolhido entre os mais valentes e sábios chefes de família. Líder religioso e político, o patriarca exercia também a função de proteger a comunidade contra os ataques dos grupos rivais, que investiam contra as aldeias em busca de alimentos e de animais domesticados. Os relatos da Bíblia sobre Abraão e outros patriarcas hebreus descrevem bem a autoridade exercida por esses chefes.
"Todos sabem fazer história - mas só os grandes sabem escrevê-la." (Oscar Wilde)

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NO PRÓXIMO TÓPICO TRAREI MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O BARBÁRIE - NEOLÍTICO.

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sábado, 16 de abril de 2011

Pré - História


É de extrema importância para o estudo da pré-história, o auxílio das ciências naturais e sociais, tais como: a Geologia, que estuda a constituição da terra; a Paleontologia, que examina o aparecimento das diversas formas de vida, de acordo com os períodos do tempo geológico; a Antropologia, que trata dos restos fósseis dos primeiros "homens" e a Arqueologia que estuda cultura material dos primeiros grupos humanos.
Devido a alguns critérios de valores que levam em consideração o desenvolvimento de cada exemplar de hominídeos, distinguem-se três períodos: Selvageria, Barbárie e Civilização.

Selvageria ou Paleolítico
  • Período que vem desde o aparecimento do homem até 10 mil a.C. Utilizando-se de instrumentos rudimentares como lascas de pedra, pedaços de ossos ou madeira, o homem lutava dia a dia pela sobrevivência, caçando, pescando, coletando frutas e raízes.
  • Devido a grandes transformações climáticas, a seca de vários rios, a migração de animais, etc; o homem vivia sempre em busca de áreas de onde pudesse tirar seu sustento, era um vai e vem interminável, nômade, disputava moradia (cavernas) com animais selvagens.
  • Diante de um meio tão hostil, a cooperação entre os membros do grupo era fundamental, armas eram objetos pessoais (enterradas junto com seus donos), porém a fonte de alimentos (natureza) era tida como um bem coletivo.
  • A necessidade de defesa fez com que nossos ancestrais aprimorassem seus utensílios e aprenderam a dominar o fogo, conhecimento revolucionário, ajudando na proteção contra as feras, o frio e trazendo luz para as trevas.
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