Barbárie - Neolítico
No início do período Neolítico (20 a 15 mil anos atrás), os grupos de caçadores e coletores já dispunham de uma razoável bagagem cultural. A experiência lhes ensinaram a identificar quais animais podiam caçar e quais plantas eram comestíveis ou úteis. Aprenderam a construir canoas, jangadas e barcos, importantes para suas migrações. Também começaram a triturar e a polir seus instrumentos de pedra, criando peças mais dúraveis que as usadas antes. E haviam desenvolvido crenças religiosas, em sítios arqueológicos do Mesolítico e mesmo do Paleolítico, foram encontradas estatuetas femininas conhecidas como Vênus pré-históricas. Eram as primeiras representações da Grande Deusa ou Deusa-Mãe, associada à fertilidade e cultuada no mais diversos núcleos Neolíticos.
Milênios mais tarde, a vida das comunidades neolíticas passou por uma série de transformações. Há aproximadamente 12 mil anos surgiu a agricultura, que se difundiu por toda a Europa nos 6 mil anos sequintes. A atividade agrícola forneceu aos indivíduos uma fonte estável de alimento, contribuindo para que eles se fixassem nas áreas mais férteis. Também desenvolveu-se a domesticação de animais e o pastoreio. Tudo indica que essas transformações tiveram início no Crescente Fértil, nome que se dá à faixa de terra que se estende desde o vale do Rio Nilo, no Egito, até a Mesopotâmia, correspondente ao território do Iraque a da Síria atuais. Conhecidas como Revolução Neolítica ou Revolução Agrícola, essas mudanças ampliaram o domínio do homem sobre a natureza, resultando em maior produção de alimentos e no consequente crescimento populacional.
A vida nas aldeias Neolíticas - As pesquisas arqueológicas mostraram como homens viviam numa aldeia do Crescente Fértil. Quase todos eram aparentados entre si, pois a comunidade era constituída por poucas famílias extensas, conhecidas como famílias ciânicas ou clãs. Um clã era integrado por grupos familiares com um antepassado comum e, juntamente com outros clãs, formava uma tribo. O poder político não existia. A tomada de decisões na aldeia estava a cargo dos chefes de família, os anciãos, eram encarregados de administrar eventuais conflitos. Para isso, eles recorriam à persuasão, sem impor sua vontade pela força.
Mais tarde surgiu a figura do Patriarca, escolhido entre os mais valentes e sábios chefes de família. Líder religioso e político, o patriarca exercia também a função de proteger a comunidade contra os ataques dos grupos rivais, que investiam contra as aldeias em busca de alimentos e de animais domesticados. Os relatos da Bíblia sobre Abraão e outros patriarcas hebreus descrevem bem a autoridade exercida por esses chefes.
"Todos sabem fazer história - mas só os grandes sabem escrevê-la." (Oscar Wilde)
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NO PRÓXIMO TÓPICO TRAREI MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O BARBÁRIE - NEOLÍTICO.
BONS ESTUDOS - SUGESTÕES E CRÍTICAS
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